A Secretaria de Educação de Cedro realizou, nesta terça-feira (15), o 1º encontro para Reformulação da Proposta Curricular do Ensino Infantil, Fundamental I e II. Professores, coordenadores e gestores da rede municipal de ensino puderam discutir, avaliar e organizar um currículo baseado nos documentos referências de ensino, tendo como objetivo detalhar o que precisa ser ensinado, considerando a aprendizagem e o desenvolvimento dos estudantes ao longo da educação.
A temática foi abordada pela gerente pedagógica da Secretaria Municipal de Educação e professora mestranda em Educação, Josicleide Alves Leite. A professora destaca que a preocupação é de fazer com que o novo currículo dialogue com a realidade social, tendo como ponto de vista a interdisciplinaridade, passando da era conteudista para as habilidades e competências. No ar desde 15 de setembro de 2015, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) segue em fase de elaboração. É ela quem vai definir quais são os objetivos de aprendizagem a serem considerados pelos professores e coordenadores na hora de elaborar o projeto pedagógico da escola e o currículo das aulas de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. O prazo final para que o documento final da Base esteja pronto e aprovado é junho de 2016.
“Quando a BNCC virar um documento oficial, iremos pegar a proposta e comparar se estamos em conformidade nessa linha nacional, verificando as possíveis mudanças”, explica Josicleide. O documento segue em consonância com a Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, além dos Parâmetros Curriculares da Educação Básica de Pernambuco. “A gente refez a proposta do município e agora estamos reavaliando novamente. No ensino fundamental destacamos os programas, a sua proposta e a linha curricular. Já no ensino infantil é onde estamos passando pelo processo de construção. Havia alguns alinhamentos, mas não tínhamos uma proposta planejada com a participação de todos os professores”, relata. Na ocasião, os professores presentes dividiram-se em grupos e reuniram-se em salas diferentes, divididas por modalidades de ensino, para dialogar sobre a temática. A análise foi conduzida por técnicos da Secretaria Municipal de Educação e coordenadores.
Josicleide respondeu às diversas dificuldades apresentadas por alguns professores, como a falta de infraestrutura das escolas e a falta de materiais adequados. “Há alguns anos não havia revista, jogos, computadores. Faltavam muitos materiais, assim como há deficiência hoje. Apesar da situação da educação no Brasil, precisamos estar motivados, ter compromisso pessoal com a educação e fazer uso do que temos para criar possibilidades e novas metodologias. Não é procurar trabalhar na escola dos sonhos, mas sim dar o melhor de si”, finalizou.