
Ela passou por uma mudança radical para interpretar uma travesti nos cinemas: engordou dez quilos, colocou prótese dentária, peruca... Até a voz ficou diferente! Em entrevista ao jornal Extra, a bela garante que foi atrás para realizar um papel como este, diferente de tudo o que já fez na vida.
- Eu
queria que as pessoas olhassem a Glória e não vissem a Carolina Ferraz.
Também quis me libertar e ser só uma artista. A impostação de voz,
aqueles peitos de alpiste que me fizeram passar um calor danado
(risos)... Tudo eu desejei. Antes de saber que personagem eu
interpretaria, pedi para fazer a travesti porque me apaixonei por ela e
fui à luta. Ninguém me daria essa personagem. Estou vivendo um momento
mais maduro como artista, como ser humano.
A atriz tinha acabado de dar à luz sua segunda filha quando começou as gravações de A Glória e a Graça.
- Eu me preparei tanto para isso que, quando aconteceu, eu respirei fundo, me entreguei e todo mundo me abraçou. Fui amparada.
E acredite ou não, Carolina passou por poucas e boas para viver uma personagem deste nível.
- A gente não conseguia dinheiro. Eu cheguei a escutar de vários executivos: Carolina, você é tão bonitinha, não faz uma personagem dessa. Não se associe a esse tipo de imagem. Mas isso nunca me paralisou porque eu nunca duvidei do meu desejo de contar essa história. Ela ainda diz que ouviu cerca de 62 travestis para não passar uma imagem estereotipada e clichê de Glória.
- Por
duas noites, eu estava acompanhada de duas travestis que me produziram.
A grande maioria, infelizmente, por falta de opção, estava se
prostituindo. A sociedade é muito preconceituosa. Foi difícil, mas foi
muito bom vivenciar tudo aquilo. Fui para tentar entender — é claro que
não tenho noção da dimensão — mas procurei, com toda sinceridade, ser
verdadeira e construir uma história bonita. Essa era a minha vontade
como artista. O filme fala de amor, de segunda chance, é leve e tem
humor.
Msn
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