
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, decidiu
hoje (19) abrir sindicância para apurar a quebra de sigilo das decisões
do ministro Edson Fachin sobre as delações de ex-diretores da
empreiteira Odebrecht. Um grupo de trabalho foi instituído e deverá
concluir a apuração em 30 dias.
As decisões do ministro, que
abriu inquéritos contra parlamentares citados nas delações, foram
assinadas no dia 4 abril e estavam previstas para ser divulgadas nesta
semana, após o feriado de Páscoa. No entanto, todos os arquivos do
processo e as íntegras das decisões de Fachin foram publicadas na semana
passada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Por meio de
sua assessoria, a ministra declarou que a Corte vai julgar os processos
da Operação Lava Jato, "independentemente de qualquer percalço ou
tentativa de atraso".
Após a abertura dos inquéritos envolvendo a
delação de ex-executivos da Odebrecht, 109 pessoas passaram a ser
investigadas no STF. Em média, processos criminais podem levar pelo
menos cinco anos e meio para ser concluídos na Corte.
O tempo é
estimado pela FGV Direito Rio, que estimou o prazo que leva para que um
processo criminal envolvendo autoridades com foro privilegiado seja
finalizado.
Agência Brasil
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